domingo, 17 de outubro de 2010

Super

E se a utopia do amor for uma criação do homem, da empresa, do comércio? E aí descobriríamos que é impossível amar a intensidade, impossível jogar , impossível não sofrer. Mas mesmo assim tem gente que gosta do amor. Do amor bruto, não o líquido. Seria muito fácil amar líquido. Desconte tudo de ruim, só me dê o bom. Mas seria tão fácil quanto ruim. E se um dia eu não quiser amadurecer? Não quiser crescer, quiser ficar no meu quadrado. E se eu não quiser passar pelo processo? E se você não quiser passar pelo processo, sempre haverá uma opção? Não.

Aí eu apago as luzes do meu quarto e começo a ouvir Legião. E Renato me fala que sexo verbal não faz seu estilo, que palavras são erros, e que os erros são dos outros. Se crêssemos que tudo é um erro, um erro mesmo, que existe de fato certo e errado, que a ideia do certo-errado não é criação do homem, estaríamos admitindo errar? Admitindo o sofrimento? Então, por que tentar ganhar dinheiro, acordar cedo - dormir até tarde é tão bom -, ouvir merda de gente mais ignorante que você, admitir a inevitável perda da mãe, do pai, o desafeto do irmão. Pra quê? Vamos simplesmente superficializar! Não? Não é melhor? Não. Porque FUGIR é bom de vez em quando. E é necessário, claro. Mas fugir sempre sufoca. Se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come.

A opção não é tentar estabelecer vanguarda emocional. "Amar intensamente é a cura dos males"; "Se entregar é atitude arrojada, coisa de gente preparada"; Não. Preparada não. Porque você vai achar que está preparado, mas quando é pra se dar mal, você se dá mal. Parece uma criança de 6 anos numa mesa de adultos que conversam sobre política. Não se entende o sentido daquilo, o teor da coisa pode-se até desconsiderar. Então você se fode legal. E a vida continua, pior é isso. Porque seria vanguarda se você se fudesse e simplesmente nascesse de novo. Do nada. Voltasse a ser neném. Do tipo: "volte lá pra trás, tente de novo! Mas vê se consegue desta vez". Seria o próprio significado do renascimento, da fênix. Mas parece que sempre que há o recomeço, que a poeira abaixa, que a luz no fim do túnel aparece, há um renascimento. E aí tudo faz mais sentido.

E aí Renato explode a nossa cabeça de novo. Nos bota pra pensar. Renato não é pra quem superfializa, definitivamente. Quem superficializa prefere não pensar, não sentir. É errado? Renato nos elucida pro fato de que seria realmente ótimo se acreditássemos de fato que o mundo é bom, que seria ótimo se pudéssemos explicar o mundo inteiro, que seria ótimo se pudéssemos explicar para quem tem demais que não é legal ter demais. Que dá pra ter o suficiente, sempre. Que o exagero MATA. Mas só não mata mais do que o indivíduo que pensa que se pode empurrar o tempo e a vida com a barriga, omitindo sentimentos e pensamentos. Porque quando eles aparecem e precisam se soltar, os sentimentos e os pensamentos, eles acabam com toda a "resistência" que encontram pela frente.

sábado, 16 de outubro de 2010

Legitimação

Zé Padilha e Wagner Moura têm que se tornar uma dupla inseparável, a la Scorsese e Di Caprio atualmente. Essa é a conclusão mais imediata que tirei após Tropa 2.

Vou pegar a parte que me intrigou. Depois eu falo do resto. Ou não.

No Tropa 1, público e crítica riram - e deliraram - com as ações de Capitão Nascimento e sua equipe alfa. Gargalharam nas cenas de treinamento. Gargalhamos!!! Enquanto os vagabundos morriam pelas mãos dos caveira, o filme acabava por nos passar uma sensação de segurança. "Se há BOPE, há esperança". Beleza. Acabou o Tropa 1 o BOPE foi posto no pedestal. O BOPE e, claro, seus métodos.

No Tropa 2, muito mais "politizado" - odeio essa palavra politizado -, vimos o CORONEL Nascimento tentando se mover num pântano de intrigas e corrupção que é a secretaria de segurança, o que, aliás, foi muito bem mostrado no filme. E ele só virou sub-secretário por causa do apoio da população, de sua popularidade. "Bandido bom é bandido morto". O governo precisa - sempre precisou e sempre precisará - de um cara desses para a imprensa. E aí chegamos num ponto crucial que une os dois filmes: a legitimação do crime. O BOPE usa o crime com respaldo do Estado para coagir o crime organizado. Isso é um fato que não é nem considerado no primeiro filme. No segundo, há a figura do "cara dos direitos humanos" que tenta nos mostrar essa situação (e outras, por mais irritante que ele seja - a verdade irrita). Crime por crime, quem está certo? Nascimento não consegue admitir que é um criminoso também, como outro qualquer, mas um criminoso legítimo, da lei; ou, se Nascimento consegue admitir alguma hora, mesmo que internamente - daí a genialidade da personagem: as questões interiores são agustiantes e auto-punitivas -, tenta provar que o uso do crime para coagir o crime é legítimo para todos os efeitos. Há um conflito interno no decorrer do filme. Não sei se Nascimento toma uma posição concreta ao final do filme; se ele acha que o BOPE realmente é criminoso; se ele acha que o BOPE não é criminoso; ou, se ele acha o BOPE criminoso, se considera esse tipo de crime legítimo ou não.

Mas no fim do filme, no depoimento na câmara dos deputados, Nascimento explana seus conflitos internos quando pergunta a todos: "Matei muito vagabundo. Mas por quem? Por quê? Pra quê?"; "Admiti todos os meus erros e expus algumas coisas. Falei durante 3 hoaras." E aí o filme te faz pensar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Perry x Gaga

Se tem alguma coisa que me irrita mais do que ver o Fluminense bem é uma guerra imbecil. E na maioria dessas guerras, o responsável é imprensa - ou, como eles amam dizer, a opinião pública.
Recentemente surgiram duas estrelas pop. A estrondosa Lady Gaga e a musa Katy Perry. Honestamente, não há guerra. Cada uma no seu quadrado. Mas a questão - qual das duas é melhor - está presente, e como sou fã das duas, me sinto obrigado a analisar. Não quem é melhor, mas a questão em si.

Pra começar, há uma diferença que marca as duas: a espontaneidade - ou a falta dela.

Gaga tem um discurso de comprometimento constante com a arte que ela impõe - ou pensa impor. A moda e a música têm a mesma importância no trabalho de Gaga. Perry não. Ela não tem questões de moda ou arte - num contexto não da artista, mas do trabalho realizado, do legado.
Fiquei vendo vídeos das duas e posso dizer: as duas são muito boas. Não vou comparar em tópicos, pois fica mecânico.
Gaga é perfeccionista, tanto com o seu figurino quanto com as coreografias em seus shows. Perry é despojada, espontânea. O que volta ao tópico acima. O que é mais importante? Até aonde a organicidade é boa - ou, numa alusão às bandas dos anos 70, considerada uma arte? Eu gosto da voz de Perry e Gaga ao vivo. Cantam bem (não são uma Beyoncé, mas cantam bem).
Gaga é metricamente perfeita. Ou pelo menos essa é a intenção. Às vezes pode ficar um show carregado. Um erro pode detonar toda uma estrutura. E o show em si. E aí que a perfeição torna-se uma inimiga. Entretanto, tanta métrica e perfeição podem fazer um show entrar para a história (como no MTV Music Awards, em que o mundo ficou chocado com a apresentação de Paparazzi).
Gaga parece ser mais obcecada com a fama do que Perry, que de vez em quando parece estar aí para se divertir somente. E as duas coisas podem favorecer um artista. E aí?
Pro lado de Perry pende a beleza estonteante. Se tiver um show dela eu vou na primeira fila, só pra ficar vendo aquela mulher o tempo todo, sem nem prestar atenção na música. E também pesa o fato dela ser noiva de Russell Brand, o melhor comediante da Inglaterra - e grande camarada do nosso querido Noel Gallagher.
Pro lado de Gaga pesa a sua formação musical clássica, que lhe deu, dá e dará praticamente 100% de controle em suas composições. E de fato parece que Lady Gaga tem o controle de tudo, já Perry parece que não.
Gaga tem o apoio incondicional da comunidade gay mundial - o que ajudou bastante a alavancar sua carreira -, enquanto Perry tem a fascinação do público masculino hétero.

Pra concluir, penso que as duas são estrelas, têm ótimas músicas e muita coisa pela frente. Vejo Gaga na frente, falando de um futuro como ícone pop a la Madonna e Michal Jackson, tanto pelo seu estilo de levar a vida e a carreira, que volta e meia se confundem, como pelo fato de Gaga ter mais músicas consagradas. Os videoclipes ajudaram bastante, é verdade. Mas Perry também tem possibilidades de consagrar-se como uma estrela de primeiro escalão.

Abaixo os vídeos - das apresentações ao vivo que mais gosto das músicas que mais gosto de cada uma - mostram a diferença entre Gaga e Perry: espontaneidade.




terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eleições 2010 - parte 1

Eu tive um grande medo na minha vida: soar/parecer babaca quando o assunto é revolta. Revoltado - nunca fui. Acho que nunca serei. Claro que há aquela época em que ser revoltado é ser alguém - terceiro ano de escola e início de faculdade. Mas o engraçado é que eu até cheguei perto de algo como rebelde no terceiro ano, mas quando entrei na faculdade eu fiquei com raiva dos revoltados, com ÓDIO dos esquerdistas e che-guevaristas da faculdade. Foi um erro, em parte. Eu não posso ter raiva do Che nem da esquerda. Eles são meus irmãos, meus amigos. Não inimigos. Muitos estão ou são doentes, é claro, mas mesmo assim continuam a serem irmãos. Eles se consideram artistas do pensamento, e eu também. Não da mesma forma, mas no fim tudo é a mesma coisa. Então já comecei mal. Mas eu tenho, sim, de ter raiva de quem usa o nome do Che em vão, de quem não é Che, mas gosta de usar barba grande. E nem gostar de Los Hermanos gosta. Aí é duro de engolir. E não deve ser engolido - NÓS NÃO DEVEMOS ENGOLIR. Claro que não. Devemos hostilizar quem usa o nome de Che em vão.
Eu quero deixar minha barba crescer um pouco, quero ter a fase da barba. Mas tá difícil, ela não cresce muito legal, parece barba de criança, os famosos pentelhos na cara. Daí eu faço a barba sempre, e parece que eu sou da direita. Mas não é bem assim. Até porque é muito difícil, hoje em dia, ser de esquerda ou de direita. O José Serra disse que o PSDB é o partido de esquerda desde que Lula entrou e que o PT é de direita. Aí me confunde as idéias. Porra. Quem é quem, quem é o quê, caralho? Fica foda pra uma criança de 10 anos entender esta porra. Até pra mim, que tenho um pouco mais que isso. Mas voltando, eu queria ser do centro. Mas não tem partido centralista no Brasil. Nem no mundo, porque NÃO EXISTE UM POLÍTICO CENTRALISTA, muito menos um partido. Aí eu me fodo de novo. E nego fica puto quando eu digo que vou votar no Tiririca este ano. Mas pô, o que eu faço? Vou, sim, votar na Dilma. Morram se não gostarem, não comentem isso aqui embaixo, por favor, é muito chato quando alguém quer me convencer a votar no Serra ou na Mendiga Silva. A política do Lula é boa pra classe média e eu sou classe média; e pelo menos os pobres morrem menos de fome com os programas populistas - e é com o populismo que o Lula ganha as eleições. E por causa da classe média consciente (porque há os filhos da puta que são da classe média e vão votar no Serra, pra ele fuder a classe média como fez o FHC. A classe média, i.e., o país). Nada mal o Lula ficar 16 anos no poder, hein? Isso se ele não botar a Dilma aí 8 anos e voltar pra ficar mais 8. 24 anos no poder. Quase um 2° golpe militar - em questão de tempo de poder, até mais do que a ditadura militar ficou -, só que por pura e espontânea vontade do povo. Quase um sonho? É, mas a Dilma tem um cabelo muito bizarro. E acho até engraçado ela ter sido uma terrorista na época da Ditadura (não estou afirmando nada, foi só aquele famooooso e-mail que meio mundo recebeu), porque ela era engajada. Sacanagem, eu não gosto de muito "engajamento", não é por causa disso. Zé Dirceu também era, e tá aí um dos câncer's que o Brasil teve nos últimos anos.

Sabe uma coisa fudida? Falar de política não é chato, mas aqui no Brasil é um saco, é broxante. A não ser quando o tiririca é candidato. Aposto que menos de 60% das pessoas que leram este texto inteiro (contando que algumas pessoas não vão acabar de lê-lo) não gostaram do texto. Foda-se, você leu o título e começou a ler. Quando há "Eleições" é porque o tópico é política. Se tu leu achando que é outra coisa és um animal. Foi mal aí qualquer coisa. Fui.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Alejandro

"Eu não sou homem, não sou mulher. Sou hermafrodita." Claro que não. Mas ela não consegue, nunca conseguiu e possivelmente não conseguirá se sentir mulher. Porque ela não é.

Lady Gaga. A vascaína - ou anti-vascaína, não se sabe, com relação a isto ela é meio indecisa - finalmente se libertou. Saiu do armário de vez, jogou a personalidade pouco sincera na sarjeta.

"I know tha we are young, and I know you may love me. But I just can't be with you like this anymore, Alejandro."

Pronto. Jogou fora, pois ela não conseguia mais viver daquele jeito. Ela é Alejandro, ela é Alejandro. Gaga não é mulher por dentro. Gaga é um homem gay dentro da pele de uma mulher. ["But her boyfriend's like a dead, just like a dead/ Draw those flames that burned before him/ Now he's gonna fire fight, got cool the bad"} É evidente, não precisava nem ela dizer - como ela já o fez. Daí minha teoria que Gaga não é Vasco, é Fluminense.

Gaga não era completa enquanto se escondia. ["At this point I've gotta choose, nothing to lose"] Agora eu estou muito curioso pra ouvir as próximas coisas que ela fará. É outra pessoa, outra artista.

Fernando, Roberto. Outros alter-egos ou os desejos de Alejandro-Gaga? Possibilidades, mas sem certezas. Acho que os dois, de repente.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

El Loco Botafogo

São 17 clubes no currículo de El Loco Abreu. Quem acha isso muito? Eu acho normal. Ele nunca teve "O CLUBE". Ok, tem o Nacional lá no Uruguai, mas não parece paixão. Ok, parece paixão, mas não é o máximo que este grande homem e ídolo pode dar a um clube.

Meu ponto com este post é claro. É pra falar de uma mística que uniu El Loco e Botafogo.

Botafogo é um clube diferente. Mas seus torcedores me irritam muitas vezes. Eles se levam muito a sério, levam a instituição como sinônimo de superstição ao máximo. E a cegueira é inevitável, óbvio. Isto é ruim, botafoguense. O choro, arma de qualquer botafoguense, também é desnecessário. Enfim.

Voltemos ao Loco. Minha teoria de que o Botafogo é diferente se prova com ele. Depois de ser tri-vice do Flamengo, logo no ano que o Loco chega a fila anda. Botafogo campeão levando os dois turnos. Pênalti cobrado com cavadinha na final. Festa da torcida e idolatria ao Loco.

Ou seja: O Botafogo precisa de um jogador místico para manter seu misticismo.

Loco passou por 17 times. Mais de um clube por ano de carreira. E logo no Botafogo o cara se estabiliza. Torna-se ídolo de torcedores de outros clubes - como eu - e, de quebra, faz uma campanha histórica com o Uruguai na Copa. E contra Gana, no MELHOR jogo da Copa, que foi decidido nos pênaltis, lá estava a cavadinha de novo. Coisa mais linda da Copa, por sinal.

Tenho a sensação de amar El Loco. Soy Loco por tí, chico. Gracias.

Quanto ao Botafogo, Garrincha, Nilton Santos e Didi agradecem jogadores como El Loco. Eles mantém a mística botafoguense, o que é, sim, uma instituição. Alguns babacas dizem "ele nem joga muito bem, meio bonde, né..." e eu respondo "vai tomar no cu". Só isso. Já basta. Não gosto de pensamento pequeno.

Ih! Fudeu! El Loco Abreu!

sábado, 24 de julho de 2010

O lado ruim das coisas

Seria mais ou menos como se eu pedisse pra você sempre enxergar o lado bom. Não das coisas, mas das pessoas; dos animais; do tempo.
Eu colocaria uma manta no seu corpo, e este, quente, começaria a suar. A água iria deixar a manta escura, e assim você conseguiria dormir. Porque você só dorme no escuro. E está claro fora da manta. Só que logo depois você acorda, pois está calor. E aí você decide: "vou fazer um café, de repente", ou seja, não dormir.

Quase isso.

Eu não vou pedir para ninguém ver o lado bom das coisas. Eu, na verdade, quero insistir para que você veja o lado ruim de tudo. Quero ser seu diabinho.

Você acorda às 7. Você está com sono, pois dormiu às 4. Que merda. Mas você tem que levantar e ir pra aula, ou trabalhar. Chega a hora do almoço e você vai comer na rua. A comida da rua é uma merda - isso é um ponto que eu insisto: comer na rua é uma merda. Mas não dá pra voltar pra casa, então você come na rua. Depois de comer você quer dormir, mas, a não ser que você seja um mendigo, você não pode dormir, porque você está na rua. Na rua. Então você volta pro trabalho e atura um babaca que sabe três vezes menos do que você. Que se acha alguma coisa, mas os olhos daquele idiota mostram que ele é um ser reles, que puxa o saco de um e arranca o de outros. Como ele tenta arrancar o seu. Você pode deixar ou não. Vamos supor que você seja otário - ou fraco - e deixe. Ok. Agora você está puto, estressado e na rua. E ainda são 17:30. Você sai do trabalho às 19:00 e se fode. O trânsito está um cocô. Você se fode mais ainda porque volta a pé no ônibus. Chega em casa às 20:15, morto, fedendo, faminto. Você toma banho, vê alguma coisa na internet, come e deita um pouco, de repente pra ler um livro. FUDEU! Ainda são 22:oo de sexta-feira e ninguém quer fazer nada. Ou quer fazer uma coisa muito agitada estilo "ainda estou no meu terceiro ano de colégio". E você se fode novamente. Reparou quantas vezes você se fode em apenas um dia? Essa é a "idéia". Ou, pelo menos, o ideal neste caso. Porque a ordem é VER O LADO RUIM DAS COISAS. Continuando com essa ordem, você decide abrir o msn. Só gente chata, nada legal, seu sapato acaba de ser jogado pela sua mãe em seu quarto, pois sapato não pode ficar na sala. E então você olha no relógio. São 23:00. Ocorre-te que ela esteja em casa. Você liga, e ela não atende (como sempre). Você decide ir dormir, foda-se, mas pouco tempo depois ela liga. "Vem aqui pra casa"; ou então "quero te ver, vamos tomar uma cerveja?" Você pensa e responde "só se for agora". Pronto. Se fudeu o dia todo, mas tá lá uma coisa que nem o ato de VER O LADO RUIM DAS COISAS te tira. O gostar de alguém.