quinta-feira, 10 de junho de 2010

Com amor

Eu insisto em algumas coisas. Algumas coisas de amor. Eu vou pra lugar nenhum, mas a questão do amor insiste em aparecer naqueles dias que eu não gostaria de pensar sobre isso.

Pense no dia que alguém te dê um coração. Pense, agora, literalmente. Você precisa de um coração para viver, e rápido. Alguma pessoa, sabe-se lá aonde, acaba de morrer. O coração dela vai salvar sua vida. O que você é depois dessa cirurgia? Você? Não use metáforas agora. Eu não as uso para falar de amor.

Quem usa metáfora para falar de amor são os poetas e romancistas dos últimos séculos. Vinícius de Morais, Victor Hugo e alguns outros. Mas eles tinham a limitação de falar do amor que eles sentiam por mulheres (ou homens), ou pais, ou irmãos, ou à ALGUMA PESSOA. Ninguém tem coragem de falar sobre amor? Esse amor de mulher-homem, etc., acaba. E aí? A poeta se mata, certo? Não. Fica na glória ainda. Ele cria a glória de empresa, a glória limitação.

Quero apresentar o amor. O amor de amar mesmo. Amar por amar, você é capaz? Se é, tem coragem? Eu amo pra chorar, eu choro pra expressar o meu lado humano. A empresa maquinizou os sentimentos. O seu lado humano está cada vez mais obscuro. O meu não. Ainda fica flutuando entre sentimentos, coisas que tocam. Músicas, momentos, filmes, óperas, peças de teatro, livros, palavras. O amor que eu dou ao mundo eu demonstro, em boa parte, nas lágrimas que faço questão que escorram do meu rosto. E ainda vou fazer por muito tempo. E isso é por você. Una-se a mim.

Tente imaginar o mundo que Lennon imaginou. E sabe o que mais é nojento? Quem pensa nisso com um pé atrás. "É impossível", "É utopia", "É coisa de vagabundo", "Não perco meu tempo", "Tenho que trabalhar", "Tenho que ter minha vida e não pensar em amor ou em mundo. Eu sou meu mundo, minha empresa é meu mundo, minha vida". Se você pensa de alguma das formas acima, pare de ler o blog agora. Não é pra você.





Eu te pergunto: Are we human? Or are we dancer?

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