terça-feira, 16 de março de 2010

Banda para se ouvir: Metallica

Alguns leitores do Estórias (a maioria, eu acho) me conhecem bem pessoalmente. E, claro, sabem do meu gosto musical.

Antes do post eu preciso dizer que sempre tive vontade de criar um blog apenas sobre música. Sobre nada mais. Mas eu sabia que iria abandoná-lo, por isso não botei a idéia pra frente. Estou fazendo essa observação porque quero criar aqui, no Estórias, um espaço forte para a música. E acho que estou no caminho certo, basta observarmos os posts anteriores. E dentro desse "espaço forte", vou fazer resenhas sobre as carreiras das bandas que mais gosto - como Metallica, banda da qual será dedicada uma resenha hoje. História da banda, repercussão dos CD's, melhores músicas, vídeos de shows, momentos históricos... Enfim, pretendo fazer uma cobertura completa sobre a banda em questão para que vocês, leitores, gostem desta tanto quanto eu.

---

Metallica começou, em 1981, com a base de compositores que dura (Ulrich e Hetfield) até hoje. Eram eles: James Hetfield (guitarra e voz), Lars Ulrich (bateria), Dave Mustaine (guitarra) e Ron McGovney (baixo). Depois, para a gravação do primeiro disco, entrou Cliff Burton e saiu Ron.
Kill 'Em All, de 1983, foi como uma bomba no mundo trash-metal. Quem eram aqueles meninos da Califórnia que faziam do trash-metal, um gênero completamente não pop, uma novidade agradável aos ouvidos dos americanos? Músicas como a empolgante "Hit the Lights", o clássico "Seek and Destroy" e as massivas "Wiplash" e "Metal Militia" faziam de Kill 'Em All um disco de estréia arrebatador.

Mustaine, que era muito talentoso, acabou sendo expulso da banda. Ele queria ser o líder - além de ser violento - de qualquer forma e insistiu até sair, mesmo vendo que a liderança do grupo estava claramente nas mãos de Hetfield e Ulrich, que compõem a maioria das faixas até os dias atuais. Kirk Hammet, que é um grande símbolo do Metallica desde que entrou na banda, substituiu o líder da (boa) banda Megadeath.

O segundo disco, "Ride the Lightning", de 1984, mostrou nitidamente o talento de Burton (com o solo de baixo inicial de "For Whom the Bell Tolls", por exemplo, do qual muitas pessoas pensavam ser de guitarra), o entrosamento da banda e o fim das brigas. Deste CD saíram pérolas como "Fade to Black", "Creeping Death" e a própria "For Whom The Bell Tolls". A fama veio imediatamente, mas a glória veio com "Master of Puppets", de 1986. Neste disco, o Metallica começa a mostrar uma marca da banda nos trabalhos posteriores: a perfeita mistura entre o metal e o pop. A faixa título é venerada como uma das melhores do grupo - e até do metal. "Welcome Home (Sanitarium)" pode ser considerada uma das melhores músicas do Metallica. Opinião pessoal. Quem ouvir essa música num show saberá exatamente o que estou falando. "Battery" e a instrumental "Orion" destacam o talento dos quatro integrantes da banda. "The Thing That Should Not Be", "Disposable Heroes", "Leper Messiah" e "Damege Inc." não são grandes clássicos, mas são do gosto de 9 a cada 10 fãs do Metallica. Devido a isso, pode-se dizer que o "Master of Puppets" é o melhor disco da banda. Opinião pessoal novamente.
Na turnê do disco, o Metallica sofreu um triste revés: numa viagem de ônibus, no interior da Suécia, um acidente tirou a vida de Cliff Burton. Hetfield e Burton tiraram na sorte na noite anterior para decidir quem dormiria na cama de cima. Burton ganhou e foi jogado para fora do ônibus durante o acidente, justamente por estar em cima. O ônibus caiu em cima dele.
"Master..." poderia ser considerado o auge musical da banda se não fosse "... And Justice For All". Com Jason Newsted recrutado para o baixo, a banda fez o seu álbum mais complexo musicalmente. Como eles não confiavam no talento de Newsted, as linhas de baixo são inaudíveis. Mas praticamente não se sente quando ouve-se "Blackened", "To Live Is To Die", música feita para Cliff Burton, "Havester of Sorrow" e a mágica "One", que na minha opinião é a melhor música do Metallica. E a concorrência não ameaça. O álbum é tão complexo e difícil de ser tocado que a banda raramente toca músicas do mesmo. Em algumas turnês, mais no início da década de 90, eles faziam um medley das músicas do "...And Justice For All" para satisfazer os fãs.
"Black Album" ou "Metallica", de 1991, colocou o Metallica no topo de todas as paradas. O sucesso foi imediato e o Metallica ganhou o mundo definitivamente.
Muitos críticos fazem questão de salientar que o Metallica abandonou o metal no "Black Album", e que apenas por isso que o sucesso foi tão grande. Eu concordo e discordo. Acho que não foi pelo fato da banda ter largado o metal que o sucesso veio, mas sim pela qualidade da música. Mas é bem clara a diferença do "Black..." para o "Kill 'Em All", por exemplo. Acho que o Metallica se explorou, se abriu para algo mais popular. E isso é válido. Super baladas como "Nothing Else Metters" e "The Unforgiven", as clássicas "Enter Sandman" e "Sad But True" e a ótima "Wherever I May Roam" caracterizam a nova fase da banda. Foi diferente? Sim. Mas as mudanças podem ser para melhor. E é o caso de "Black Album". Também concordo que esse disco jamais existiria se Burton estivesse vivo, mas aí é outro assunto.
Cinco anos depois, em 1996, sai o "Load", que na verdade era para ser duplo. Sua outra "metade", o "ReLoad", foi lançado no ano seguinte. Na verdade eu tenho pouco a falar dos dois álbuns em questão. Foram, junto com "St. Anger", os discos do Metallica que menos ouvi. A mudança do som da banda foi mais significativa que a dos quatro primeiros discos pro "Black Album". O metal praticamente inexistiu, e os álbuns eram, de fato, de Hard Rock e Pop Rock. Posso destacar algumas músicas que acho excelentes, mas sinto que elas não representam o ser-Metallica. "Fuel", "Memory Remains", "The Unforgiven II", "Until It Sleeps" e "Mama Said" dão a graça dos dois álbuns.
"Garage Inc." é um disco de cover que o Metallica lançou em 1998. Contém a excelente "Whiskey In The Jar" e a contagiante "Stone Cold Crazy". Mas nada alarmante.
Em 1999, junto à orquestra de São Francisco, uma das mais importantes do mundo, o Metallica lança o álbum ao vivo "S&M", um sucesso de venda e crítica. Além das clássicas "Enter Sandman", "Master of Puppets", "One" e "Battery", há duas canções até então inéditas: "Minus Human" e a ótima "No Leaf Clover".
Ainda com Bob Rock, produtor dos últimos três discos de inéditas, mas sem Newsted, que foi demitido em 2001, o Metallica lança "St. Anger" no ano de 2003. Para a turnê, o ex-baixista do Ozzy, Robert Trujillo, é chamado para integrar a banda. Ótima aquisição, tanto pela técnica quanto pela presença de palco. Voltando ao "St. Anger", posso dizer que o disco é um erro, mas não 100%. Adoro a música "The Unnamed Feeling", mas para por aí. Devido às críticas de que o Metallica não era mais metal, Hetfield e sua turma decidiram fazer um álbum "pesado". Só que eles trocaram de gênero! Ao invés do metal tradicional, o álbum é ao estilo do New Metal, gênero da ótima "Silpknot". Além do álbum ser ruim em si, não tem personalidade. As brigas eram constantes, assim como as internações de Hetfield em clínicas de reabilitação. A banda quase acabou, mas persistiu. E para o bem de nós, fãs, que, cinco anos depois, em 2008, pudemos ver a volta do Metallica ao bom e velho metal com o ótimo álbum "Death Magnetic". Duas músicas desse disco, em especial, lembram os anos de ouro do Metallica de Burton. "All Nightmare Long" e "The Day That Never Comes", minha preferida. Além destas, há a interessante "The Unforgiven III", uma espécie de continuação de "The Unforgiven I e II" e a sempre tocada em shows (e um pouco estranha, vai) "Broken, Beat & Scarred".

Ouçam Metallica, vocês não vão se arrepender. Quem tem curiosidade e quer iniciar, farei uma lista com 20 músicas.

Battery
Creeping Death
Enter Sandman
Fade To Black
One
Master of Puppets
Seek And Destroy
The Day That Never Comes
For Whom The Bell Tolls
Fuel
Wherever I May Roam
Wiplash
The Memory Remains
Sad But True
The Unforgiven I
Blackened
Metal Militia
Orion
Until It Sleeps
Welcome Home (Sanitarium)

2 comentários:

  1. METALLICA RULES !!!!

    mto bom o post filhão !!!
    algumas coisas eu não sabia mas outras nem tinha idéia !!!
    heehehhehe
    to baixando a discografia toda !!!

    abraços aos bois e as vacas (hahahahah)

    ResponderExcluir
  2. Luis Flávio Biolchini22 de março de 2010 às 07:10

    eu gosto bastante do four horsemen também...

    ResponderExcluir