quinta-feira, 25 de março de 2010

Lionel

Antes de tudo, a PARTE V da Mini-sequência 1 sairá apenas na quarta-feira que vem. Desculpe-me por não ter-lhes avisado antes, mas a semana está osso duro de roer.

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Eu não ando falando de futebol no Estórias. Pra falar a verdade, acho que foram 2 ou 3 posts que o futebol estava sendo mencionado. É verdade que estou falando menos do que gostaria, mas quando começo a falar de futebol é duro de parar.

Hoje eu venho escrever sobre um caso muito estranho que ando observando nos últimos 15 dias. Lionel Messi fez 11 gols nos últimos 6 jogos, sendo que pelo menos 4 desses gols foram de placa. Nesses últimos jogos, a atuação do cara foi impecável, tanto pelos golaços quanto pelas assistências, jogadas de efeito, dribles desconcertantes, arrancadas. Enfim, ele está comendo a bola.

O problema não é ele comer a bola - até porque eu não tenho medo dele na Copa do Mundo, e sim do Maradona; aposto que a representatividade de Maradona fará a diferença quando a seleção argentina entrar em campo e olhar pro seu técnico. O problema é que ele já é considerado (pelo presidente do Barcelona, inclusive) o melhor jogador da história depois de Pelé e Maradona. Pera aí, né. O cara joga muito, concordo, é craque de bola. Mas ele tem um timaço nas costas dele. O atacante com quem ele joga é o melhor do mundo na minha opinião; o meio-campo do Barça é a base do meio-campo espanhol, que, pra mim, é o melhor meio-campo de todas as seleções. Não é a toa. O time é ele e mais dez, ou seja, os outros correm, suam e marcam pro Messi brilhar. Acho que Ronaldinho fez mais que ele há cinco anos atrás, quando o Gaúcho chegou a ser comparado a Pelé e Maradona também. Com justiça. A torcida do Real Madrid, maior rival do Barcelona, aplaudiu de pé o cara em pleno Santiago Bernabéu (casa do Real). Isso não é pra qualquer um. Nunca vou esquecer de uma charge do diário Lance depois de uma atuação arrebatadora de Ronaldinho. O desenho mostrava o interior de um carro em que Pelé estava no banco do motorista, Maradona no do carona e Ronaldinho no banco de trás sendo observado preocupadamente pelos dois maiores da história pelo retrovisor.

É ultrajante ver que tanto na imprensa quanto nas faculdades, bares, locais de trabalho e etc. tem de haver o melhor do mundo, um "cara", um melhor que Pelé e Maradona, um político honesto, uma opinião formada, um roubo declarado, um poeta mal visto, um músico genial. Vai se fuder, opinião pública. Fuck You, opinião pública. Fuck You.

Percepções a parte, creio que Messi nunca vai ser melhor que Maradona. Mesmo se ele for melhor que Maradona em campo, jamais será melhor que Maradona. Maradona nunca será pior que Messi, que nunca será melhor que Maradona.

Ou alguém acha em algum dia abrirão uma igreja pro Messi?

2 comentários:

  1. Concordo contigo quanto ao Messi não estar aos pés do Maradona, ainda.

    Mas discordo quando diz: "Mesmo se ele for melhor que Maradona em campo, jamais será melhor que Maradona." Você tem uma visão mais poética do que a minha, hahaha..Pra mim esse caso é preto no branco. Se jogar mais dentro das 4 linhas, é melhor.

    No mais, pra chegar à unha do dedo mindinho do Pelé, ele ainda tem que passar pelo pé do maradona e pelo mindinho do Garrincha, hahahahaha...

    Saudações Alvinegras.

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  2. Pois é, João. Antes de tudo, obrigado pelo comentário. Depois, você entendeu perfeitamente minha questão. E ela é, sim, poética. E um pouco "preto no branco" também, pois Messi não será melhor que Maradona, Garrincha, Pelé, Zico... Mas isso tudo são suposições. Mas eu tenho certeza mesmo assim.

    Eu entendo que você discorde comigo. A questão poética é metafísica, sendo assim puramente emocional neste caso. Deixemos as opiniões em seus respectivos lugares.

    =)

    Saudações do Império do Amor.

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