Escrever num blog tem um lado bom. Semana passada, quando o Estórias começou, fiquei meio feliz meio triste. No Amor F.C., meu outro blog junto com outros companheiros, tínhamos construído coisas interessantes. Cada um tinha seu personagem, criado pelos outros membros do blog, e a união de tudo que estava acontecendo no blog, em certa altura, fez com que eu almejasse coisas muito grandes para o Amor. Nessa época não paravam de entrar seguidores no blog. Fizemos até uma promoção do "melhor poema orkut". Mas isso tudo passou.
Confesso que meu estado de espírito no Amor, nas últimas semanas, estava pesado. Meus textos eram travados, meus comentários eram travados. Não tinha coragem de escrever nada, quanto mais vontade. Então a idéia do Estórias me ocorreu como uma luz no fim do túnel, porque se tem uma coisa que eu gosto muito é escrever num blog coisas interessantes. Mas no Amor estava praticamente impraticável. Ou qualquer coisa que eu escrevesse não seria relevante, seria apenas uma penca de palavras dispersas. Mas isso também passou.
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Uma turminha de Cinema de uma faculdade (que não citarei nomes) vem me falar que o novo Sherlock Holmes está horrível.
PAUSA
Sabe qual é a graça em fazer faculdade de Cinema aqui no Brasil (no Rio principalmente)? Criticar Hollywood. Falar que tudo em Hollywood é fake, é indústria, é não-cinema. Que o Cinema não existe em Hollywood. Sendo que um detalhe: 98% desses críticos abalizados nunca viram Bergman ou Fellini.
VOLTANDO
Eu argumentei que o filme era Hollywoodano, sim, mas que a essência do personagem que Arthur Doyle criou estava bem presente. Meu companheiro do Amor Moreira falou algo interessante sobre Downey Jr.: "Ele tem um afastamento meio crítico, meio irônico dos personagens que ele faz. Muito parecido com o que costumam fazer os atores franceses". Achei ótima a colocação dele, até porque eu já havia observado isso, principalmente em "Chaplin", mas não havia detectado da forma que meu companheiro o fez na mesa do boteco. Nem usado essas observações em palavras - ou comparações. É óbvio que Holmes ficou diferente. Mas a proposta era outra. Guy Ritchie fez dele um anti-herói-super-atraente (não só às mulheres, mas aos homens que gostariam de ser como ele). Bem ao estilo clássico de Hollywood. Ritchie também preservou a essência cômico-sagaz do personagem, como falei acima, e isso foi o importante no filme. Sem contar que Jude Law e Downey Jr. estavam em constante sintonia no filme.
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