terça-feira, 30 de março de 2010
Ter o que falar
quinta-feira, 25 de março de 2010
Lionel
O problema não é ele comer a bola - até porque eu não tenho medo dele na Copa do Mundo, e sim do Maradona; aposto que a representatividade de Maradona fará a diferença quando a seleção argentina entrar em campo e olhar pro seu técnico. O problema é que ele já é considerado (pelo presidente do Barcelona, inclusive) o melhor jogador da história depois de Pelé e Maradona. Pera aí, né. O cara joga muito, concordo, é craque de bola. Mas ele tem um timaço nas costas dele. O atacante com quem ele joga é o melhor do mundo na minha opinião; o meio-campo do Barça é a base do meio-campo espanhol, que, pra mim, é o melhor meio-campo de todas as seleções. Não é a toa. O time é ele e mais dez, ou seja, os outros correm, suam e marcam pro Messi brilhar. Acho que Ronaldinho fez mais que ele há cinco anos atrás, quando o Gaúcho chegou a ser comparado a Pelé e Maradona também. Com justiça. A torcida do Real Madrid, maior rival do Barcelona, aplaudiu de pé o cara em pleno Santiago Bernabéu (casa do Real). Isso não é pra qualquer um. Nunca vou esquecer de uma charge do diário Lance depois de uma atuação arrebatadora de Ronaldinho. O desenho mostrava o interior de um carro em que Pelé estava no banco do motorista, Maradona no do carona e Ronaldinho no banco de trás sendo observado preocupadamente pelos dois maiores da história pelo retrovisor.
É ultrajante ver que tanto na imprensa quanto nas faculdades, bares, locais de trabalho e etc. tem de haver o melhor do mundo, um "cara", um melhor que Pelé e Maradona, um político honesto, uma opinião formada, um roubo declarado, um poeta mal visto, um músico genial. Vai se fuder, opinião pública. Fuck You, opinião pública. Fuck You.
terça-feira, 23 de março de 2010
American Idiot
Vejam: "Don't wanna be an American Idiot/don't want a nation under the new media/can you hear the sound of hysteria?/the subliminal mind fuck America". Tem como negar que esse início de música é uma espécie de bomba na cabeça dos americanos? Até os "american idiots" cantaram essa música com toda a força, tamanha é a sua força.
sábado, 20 de março de 2010
Música Para Ninar Dinossauros
Num dos diálogos, um dos quarentões sucinta o sentimento dos outros dois (e de toda uma geração que nasceu entre 63 e 66): "Não participamos da revolta contra o golpe militar porque éramos muito moleques; não lutamos a favor da queda de Collor porque já éramos muito velhos, não tínhamos idade pra essa porra. E agora estamos aqui, sem porra nenhuma". A análise foi perfeita, principalmente se formos analisar pelo lado da auto-cobrança: "Meus tios, pais, avós e filhos fizeram coisa pra cacete pelo país. Mas eu não fiz nada."
sexta-feira, 19 de março de 2010
Curitiba, PR
quinta-feira, 18 de março de 2010
Festival de Teatro de Curitiba
Mas para confortá-los, adianto-lhes que farei a cobertura (parcial, claro) do que ocorre, ocorreu e ocorrerá no Festival de Teatro de Curitiba. Vou ver, por enquanto, duas peças, das quais farei a resenha aqui no Estórias. Espero poder entrar em contato com o blog - e com os boizinhos do meu coração, claro - ainda no fim de semana. Mas, se não der, o material vai ser postado no decorrer da semana que vem.
Abraços, Rodrigo.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Mini-sequências
Mini-sequência I, PARTE IV
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*Flash-back: Soraia e Márcio, na estória como Sujeito 2, estão em lua de mel em Roma. Os dois estão apaixonados um pelo outro. Tudo é alegria e amor. E drogas. Márcio conheceu Soraia na faculdade, no curso de Administração, mas foi conhecê-la melhor numa dessas festas universitárias na casa de um amigo. Quando chegou à festa, Soraia reparou que a cocaína rolava solta. A moça apenas acompanhava uma amiga, não era usuária. Já Márcio fazia parte de uma juventude contagiada pelo pó, e o vício vinha desde o final do colégio. Durante toda essa noite, Márcio ficou dando em cima de Soraia, que acabou dando-lhe um beijinho de boa noite ao ir embora da festa. Apesar de achar Márcio um pouco inconseqüente, ela gostava dele, não podia negar. Duas semanas depois, os dois estavam namorando. Os dois se apaixonaram muito intensamente nos meses seguintes, e Soraia acabava acompanhando Márcio no consumo da cocaína. Ela, claro, já estava viciada em certa altura, mas negava o vício – assim como Márcio.
Voltando à lua de mel, os dois já se encontravam no quarto do hotel depois de um dia repleto de atividades turísticas. Soraia está no banheiro tomando banho. Márcio cheira uma carreira em cima de um cômodo quando ouve um grito desesperado de sua mulher. Chegando o mais depressa possível no banheiro para ver o que estava acontecendo com Soraia, Márcio percebe que o chão do box está ensangüentado. Levou-a imediatamente para o hospital mais próximo, e o maior medo de Soraia está confirmado: Ela sofrera um aborto espontâneo por causa dos excessos de drogas.
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Semana que vem tem a PARTE V. Até lá.
terça-feira, 16 de março de 2010
Banda para se ouvir: Metallica
Antes do post eu preciso dizer que sempre tive vontade de criar um blog apenas sobre música. Sobre nada mais. Mas eu sabia que iria abandoná-lo, por isso não botei a idéia pra frente. Estou fazendo essa observação porque quero criar aqui, no Estórias, um espaço forte para a música. E acho que estou no caminho certo, basta observarmos os posts anteriores. E dentro desse "espaço forte", vou fazer resenhas sobre as carreiras das bandas que mais gosto - como Metallica, banda da qual será dedicada uma resenha hoje. História da banda, repercussão dos CD's, melhores músicas, vídeos de shows, momentos históricos... Enfim, pretendo fazer uma cobertura completa sobre a banda em questão para que vocês, leitores, gostem desta tanto quanto eu.
Mustaine, que era muito talentoso, acabou sendo expulso da banda. Ele queria ser o líder - além de ser violento - de qualquer forma e insistiu até sair, mesmo vendo que a liderança do grupo estava claramente nas mãos de Hetfield e Ulrich, que compõem a maioria das faixas até os dias atuais. Kirk Hammet, que é um grande símbolo do Metallica desde que entrou na banda, substituiu o líder da (boa) banda Megadeath.
Muitos críticos fazem questão de salientar que o Metallica abandonou o metal no "Black Album", e que apenas por isso que o sucesso foi tão grande. Eu concordo e discordo. Acho que não foi pelo fato da banda ter largado o metal que o sucesso veio, mas sim pela qualidade da música. Mas é bem clara a diferença do "Black..." para o "Kill 'Em All", por exemplo. Acho que o Metallica se explorou, se abriu para algo mais popular. E isso é válido. Super baladas como "Nothing Else Metters" e "The Unforgiven", as clássicas "Enter Sandman" e "Sad But True" e a ótima "Wherever I May Roam" caracterizam a nova fase da banda. Foi diferente? Sim. Mas as mudanças podem ser para melhor. E é o caso de "Black Album". Também concordo que esse disco jamais existiria se Burton estivesse vivo, mas aí é outro assunto.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Opinião
quinta-feira, 11 de março de 2010
Imperador
Post secreto n° 1
quarta-feira, 10 de março de 2010
Mini-sequências
Na cena do acidente ainda está o corpo, coberto por uma manta preta. A perícia chega depois de algum tempo, e os curiosos não param de rodear a cena, como se fosse um circo. Sujeito 1 agora dá o seu depoimento sobre o fato. Ele se embaralha com as palavras, pois está muito nervoso. Quando falava de alguns detalhes do acidente, entra uma mulher na pequena tenda que a perícia montou para o caso. Ela pergunta meio irritada e carrancuda quando poderá ir embora, pois seus filhos estavam em casa esperando-a. E ainda por cima ela teria que dar a notícia a eles. Era a mulher de Sujeito 2. Sujeito 1, atônito com a frieza da mulher, não entende por que ela não está chorando ou triste ou desesperada.
*Flash-back: A mulher de Sujeito 2, Soraia, está no trabalho quando um policial liga para ela dizendo que seu marido se envolveu num acidente grave de carro e foi fatalmente ferido. Milhares de pensamentos lhe ocorrem neste momento. Ela disse que estava prestes a buscar os filhos na escola e que diria direto para a cena do acidente. Soraia pensou imediatamente que poderia ter sido pior. “Imagina se aquele bosta estivesse com meus filhos no carro. Deus me livre!”. Arrumou suas coisas e saiu para buscar os filhos, deixá-los em casa e ir para a cena do acidente.
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Semana que vem tem a PARTE IV. Até lá!
terça-feira, 9 de março de 2010
14 de Março de 2010
O primeiro CD, diga-se de passagem o melhor, "Appetite For Destruction", foi uma pancada na cabeça de muita gente com o rock pesado unido ao pop e à letras porno-cômicas, estilo AC/DC. "Guns n' Roses Lies", o segundo, é burocrático, mas contém pérolas como "Patience". "Use Your Illusion I e II" são discos diferentes. Eles ficam cada vez mais pop, com as baladas "Don't Cry" e "November Rain", mas também se tornam mais profundos. "You Could Be Mine" e "Civil War" também ilustram como esses CD's foram importantes para a consolidação do Guns como banda top. "The Spaghetti Incident?" e "Chinese Democracy" são exceções. Dois CD's estranhos num todo, mas com algumas músicas que empolgam em show. E Guns sempre foi banda de show, de palco.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Para as mulheres
Radiohead - All I Need
domingo, 7 de março de 2010
Lendas reais não urbanas: Arlindo século XXI
sábado, 6 de março de 2010
Estado de espírito
quinta-feira, 4 de março de 2010
Dunga vai ser Hexa
Felipão foi teimoso. Não chamou Romário pra Copa - e olha que o país inteiro queria o cara na porra da Copa. E o que aconteceu? Pentacampeão.
Só mais um detalhe sobre Seleção e Dunga. Ouvi muito essa semana, depois da não convocação de Ronaldinho Gaúcho, que o Dunga era injusto, já que o Gaúcho tá comendo a bola na Itália. Beleza, até posso concordar, mas a verdade é que ele foi malandro. Amigos do Estórias, coloquem uma coisa em suas cabeças: jogador consagrado, campeão do Mundo, escolhido melhor do Mundo pelo FIFA, jogador de time grande, NÃO ACEITA FICAR NO BANCO DE RESERVAS. E esse é o caso do Gaúcho e do Ronaldo. Eles JAMAIS aceitariam ficar no banco, e se ficassem iriam arrumar intriga no grupo. E o Dunga, malandramente, não chama os caras, pois grupo que tem intriga NUNCA ganha nada, mesmo se só tiver craque (1982 e 2006). Seleção brasileira não tem que ter só os craques. Nós temos jogadores pra montar cinco ou seis times de alto nível. Na Seleção brasileira tem de estar quem quer muito estar lá. A conclusão é que só valeria a pena chamar algum deles pra falar: "Aqui, você é meu craque. Entra e arrebenta". Mas pra ser reserva (e o Dunga não tira ninguém desse time que começou contra a Irlanda pra botar o Gaúcho) não vale a pena. E olha que eu sou fã de carteirinha do dois Ronaldos.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Mini-sequências
Sujeito 1 tenta achar o chão, mas ele sumiu sob seus pés. Ele não entende a situação. Ele não quer entender pelo visto. Ele vê algo diferente naquele corpo estirado no chão, ensangüentado. Ele tem certeza que aquilo é um pagamento de contas. “Não é possível” era só o que Sujeito 1 ousava falar. Agora, mais do que nunca, Sujeito 1 gostaria que seu pai estivesse ali.
*Flash-back: Sujeito 1 tinha seus 16 anos. Caminhava pela rua com seu pai. Era aniversário de Sujeito 1, e seu pai comprara-lhe um belo relógio. Andando despreocupadamente, os dois conversavam sobre futebol quando foram abordados por um assaltante armado e nitidamente alterado. Devia estar drogado. O bandido pediu o relógio de Sujeito 1, mas este se recusou a entregar. Com muita pressa, o assaltante partiu pra cima do garoto para arrancar o relógio do pulso do rapaz, e foi quando o pai de Sujeito 1 interveio entre os dois para que o bandido não machucasse seu filho. O assaltante não pensou duas vezes e atirou. Assim que viu o pai do garoto caindo no chão, agonizando, e percebeu que tinha feito merda, tratou de correr o mais rápido que pôde.
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Semana que vem sairá a Mini-sequência 1, PARTE III.
Até lá!
terça-feira, 2 de março de 2010
Guns é Axl
Detalhe interessante: Estou ouvindo de muita gente que a banda que vai entrar no palco da Apoteose dia 14 de Março será qualquer uma, menos Guns n' Roses. Eu adoraria que um imbecil desses falasse isso perto de mim. Quando começar o riff inicial de 'Welcome To The Jungle' e o Axl gritar "YOU KNOW WHERE THE FUCK YOU ARE? YOU'RE IN THE JUNGLE BABY, YOU'RE GONNA DIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIE" como ninguém, não existirá hipótese daquilo não ser Guns n' Roses. Outro momento mais Guns do que nunca: quando o piano gigante de Axl entrar e este começar um solo que só os raros fazem e emendar a lindíssima 'November Rain'.
segunda-feira, 1 de março de 2010
"Look at the stars, look how they shine for you..."
Vamos voltar um pouco. 'In My Place', que não era a música que eu mais gostava deles, passou a ser. Mesmo sendo apenas a quarta música do show, eu já sabia que seria a melhor. Que desbancaria até a que eu mais gosto deles, 'The Scientist'. Confesso que foram poucas as músicas num show que elevaram tanto minha alma. Talvez umas três ou quatro, não tenho certeza. 'One' do Metallica, 'Don't Look Back In Anger', 'Slide Away' e 'Masterplan' do Oasis... Poucas outras. Foi uma combinação muito linda das luzes - que se mostraram impressionantes o show inteiro, principalmente em 'Clocks' -, dos instrumentos e de Chris Martin. Agora é oficial: sou fã dele. Talvez não fora do palco, mas dentro dele o cara é fenomenal. Mas uma parte em 'In My Place' foi a que mais me chamou atenção. Ele cantava: "I was lost, I was lost / Crossed lines I shouldn't have crossed / I was lost, oh yeah". Num pequeno intervalo antes de ir para o refrão e gritar "YEEEEEAH", Chris apenas pede com um português arrastado porém esforçado: "por favor, Rio de Janeiro!", e o complexo da Apoteose, quase lotado, responde a Chris e às luzes que se acenderam sobre nós: "YEAAAAAAAH / How long must you wait for". E assim até o final da música. Ali Chris Martin viu que poderia contar com o público. E fez muito bem.